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Mais de 35% dos móveis brasileiros são vendidos para os Estados Unidos

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Segundo representantes da indústria americana, o país é um grande importador de móveis brasileiros, principalmente móveis de madeira. Quem é da área afirma que, ao exportar, as empresas devem seguir cuidadosamente as regras impostas pelos americanos em relação à compra de produtos feitos de madeira.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário (Abimovel), o principal comprador de móveis brasileiros, principalmente de madeira, são os Estados Unidos. Segundo o último relatório do setor, 35,7% dos produtos exportados pelas empresas brasileiras do setor em 2021 foram para países norte-americanos. No geral, as exportações nacionais totais de móveis e colchões deste ano atingiram 937,9 milhões de dólares.

Nosso país é o sexto maior produtor de móveis do mundo. A Abimobel disse que o Brasil foi um dos destaques da Feira Internacional de Móveis Contemporâneos 2023, que aconteceu em maio deste ano e é considerada a maior feira de móveis contemporâneos da América do Norte. Além dos Estados Unidos, o país vende para outros 167 destinos, incluindo Chile (11,6% das exportações), Reino Unido (7,2%), Uruguai (6,8%) e Peru (5,7%).

Além de móveis, os Estados Unidos são um dos maiores compradores de madeira usinada do Brasil. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Usinada (Abimci), o país norte-americano é o principal comprador de esquadrias e pisos de madeira. Atualmente, esse mercado representa 5,8% das exportações do país e movimenta aproximadamente US$ 3,6 bilhões.

Dayan Marta Seminotti, advogada e consultora jurídica com 11 anos de experiência no setor de exportação de móveis e madeira, afirma que o primeiro passo que as empresas devem dar ao iniciar planos de exportação de produtos desses setores é cumprir com as leis de saúde da Fiscalização do Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (APHIS), que tem parceria com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e é responsável pelo acompanhamento do processo de importação de madeira para os Estados Unidos. “Essa entidade regulamenta diversos aspectos do processo, como requisitos para determinados tratamentos da madeira, como secagem em estufa e uso de produtos químicos”, comenta.

Ela explicou ainda que os vendedores devem obter regulamentações adicionais e outras aprovações para que as exportações sejam aprovadas pelo governo dos EUA. No entanto, as regras podem mudar dependendo das leis de cada estado deste país. “Antes de planejar exportar, você precisa conhecer as regras do país com o qual está negociando”. No que diz respeito ao limite de peso de cada contêiner, as regras são determinadas com base no limite máximo de peso permitido nas rodovias de cada estado, levando em consideração o porto de descarga da mercadoria.

A advogada Dayan Marta Seminotti disse que os documentos necessários para pessoas que desejam vender móveis ou madeira para os Estados Unidos incluem faturas comerciais, listas de embalagem, conhecimentos de embarque e avisos de chegada. Quando o produto chega a um porto americano. Ela enfatizou que além da parte técnica necessária para exportar para este país, uma das vantagens deste destino é a grande quantidade de portos, o que facilita a entrega da madeira aos consumidores/parceiros de negócios. “Soma-se a isso o fato de o Brasil ter um vasto território e por isso diversas áreas são destinadas para plantações”, afirma. Seminotti destaca ainda a necessidade de as empresas que atuam neste setor investirem em medidas que garantam uma posição de destaque no cenário internacional.